Depois que descobri que tinha uma doença grave, meu marido pediu o divórcio e foi morar com outra mulher, mas alguns meses depois, algo inesperado aconteceu.

Depois que descobri que tinha uma doença grave, meu marido pediu o divórcio e foi morar com outra mulher, mas alguns meses depois, algo inesperado aconteceu.

Eu tinha uma vida feliz: um marido amoroso, uma família, um bom emprego. Eu pensava que só alegria e um futuro brilhante nos aguardavam. Mas um dia, meu mundo inteiro desabou. O médico anunciou o diagnóstico com uma voz calma, mas fria: câncer de pulmão.

Para uma jovem, com a vida inteira pela frente, parecia uma sentença de morte. Mas tentei aceitar e lidar com a situação. Achei que conseguiria superar porque meu marido estava ao meu lado. Ele disse que me amava e que me apoiaria nos dias mais difíceis.

Os primeiros meses foram realmente assim — ele segurou minha mão, me confortou, trouxe flores para casa. Eu confiei nele e vivi nessa fé.

Mas, aos poucos, algo mudou. Comecei a notar que ele estava se distanciando: ficava até mais tarde no trabalho, evitava conversas e ficava cada vez menos em casa. E, em certo momento, fiquei sozinha com a minha dor. Não o culpei — nem todo mundo consegue lidar com uma vida assim. Continuei lutando por nós dois.

Então descobri que ele tinha outra mulher. Aceitei isso também. Afinal, eu realmente não podia dar nada a ele.

Mas então o pior aconteceu. Os médicos disseram que eu precisava de cirurgia. Minha última chance. Mas os riscos eram enormes — eu poderia simplesmente não acordar.

Eu estava deitada na sala de pré-operatório quando meu marido entrou. Ele tinha alguns papéis nas mãos.

— Precisamos conversar — ​​disse ele com uma voz fria.

— Isso pode esperar — tentei sorrir. — O médico disse que eu não deveria me preocupar.

— Não. Preciso dizer agora. Estou cansado de esperar.

— Certo, estou ouvindo.

— Estes são os papéis do divórcio.

Olhei para ele, incrédula.

— Sério? Você não podia esperar pelo menos até depois da cirurgia?

— Não. Estou cansado de esperar. Vou ler os papéis para você, e você vai assiná-los.

Ele leu, e eu chorei. Não chorei por causa da doença, nem por medo da morte, mas por traição. Ele não percebeu minhas lágrimas, continuou lendo como se eu não existisse. Com as mãos trêmulas, assinei os papéis. Ele se virou e foi embora sem nem se despedir.

Mas é verdade o que dizem: na vida, você tem que responder por tudo. Alguns meses depois, algo inesperado aconteceu: revi meu ex-marido, e então o inimaginável aconteceu. Continuação no primeiro comentário.

A cirurgia foi um sucesso. Eu sobrevivi. Comecei a me recuperar lentamente: meu cabelo cresceu novamente, minha força retornou. Aprendi a viver novamente — sem marido, sem amor, mas com esperança.

Meses se passaram. Eu já tinha parado de pensar nele quando, certa noite, bateram à porta. Na soleira, estava um homem em uma cadeira de rodas. Era ele.

Acontece que ele havia sofrido um acidente. Sua amante o havia abandonado, assim como ele me abandonou. Ele implorou para ser perdoado e aceito de volta. Sua voz tremia, seus olhos estavam cheios de dor e desespero.

E eu fiquei ali, olhando para ele. Meu coração estava quieto e calmo. Eu não sabia o que dizer.

Pois é verdade o que dizem: a vida é um bumerangue.