Na estrada, notei um urso preso em uma rede, incapaz de se libertar: parei e ajudei o urso, mas então algo inesperado aconteceu

Esta manhã, bem cedo, eu estava dirigindo por uma rodovia internacional, aquela que margeia a floresta escura. Lobos e ursos vivem nesses lugares, então, quando notei uma forma marrom à beira da estrada, não fiquei surpreso a princípio.
Pisei no acelerador instintivamente, mas, olhando mais de perto, percebi: o urso não estava apenas sentado ali — estava preso em uma grande rede. As cordas apertavam seus ombros e patas, seu pelo estava emaranhado e o animal respirava pesadamente, rosnando como se pedisse socorro.
Carros passavam em alta velocidade: alguns buzinavam, outros filmavam com o celular, mas ninguém parava. Minha consciência me pesou tanto que liguei o pisca-alerta, coloquei um triângulo de sinalização e peguei luvas e um alicate de corte de cinto de emergência no porta-malas.

Aproximei-me lentamente, repetindo em voz alta as mesmas palavras: “Calma… Estou aqui, amigo.” O urso se contraiu, rosnou, mas não atacou. Em seus olhos âmbar, não vi raiva, mas sim uma exaustão desesperada.
A gaiola de rede era brutal: os nós estavam impossivelmente apertados. Cortei-os um a um, com cuidado para não cortar a pele. Cada segundo se estendia: o motor do meu carro crepitava, o ar frio e úmido soprava da floresta.
Primeiro, libertei a pata direita, depois o ombro. O urso rosnou mais suavemente, ouvindo o raspar da faca, e resistiu. Por fim, a última corda cedeu, e a rede escorregou como uma capa pesada.
Fiquei paralisada. Nos encaramos; ele poderia ter se lançado contra mim — eu sabia. Mas naquele momento o urso fez algo que me deixou em choque. Continua no primeiro comentário.

Mas o animal apenas levantou a cabeça ligeiramente, como se estivesse memorizando meu rosto, e, sem quebrar o contato visual, recuou para a floresta. Expirei, peguei a rede enrolada e mal tinha alcançado a porta do meu carro quando os arbustos farfalharam novamente.
O urso retornou. Meu coração disparou, mas então vi: em suas mandíbulas ele carregava um filhote minúsculo. A mãe colocou o bebê cuidadosamente na grama e deu um passo para trás.
O filhote guinchou e pressionou o focinho contra minha bota, enquanto a mãe permanecia por perto, sem tirar os olhos de mim. Ajoelhei-me e passei a mão delicadamente sobre o dorso quente e macio — o animal permitiu. Parecia que ela estava dizendo: “Olha, foi para isso que você me guardou.”
Um minuto depois, a ursa pegou seu filhote e desapareceu na sombra dos abetos. Liguei para o serviço florestal, relatei a armadilha do caçador e só então segui em frente — com leveza no peito e a sensação de que a própria floresta havia me acenado em gratidão.
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